Todo ciclo começa na raiz.
E é das profundezas da ancestralidade que nasce o novo capítulo do Novembro Preto Ubatuba.
Em 2025, nosso projeto de exposição de arte se transforma em um convite para caminhar pela sabedoria africana e reconhecer a força iorubá que habita nossa história:
Circuito das Artes – Entre raízes, galhos e sementes: caminhos da ancestralidade iorubá
Mais do que uma mostra artística, este circuito representou uma travessia simbólica inspirada na cosmovisão iorubá, uma das matrizes mais profundas da presença africana no Brasil.
Guiados pela imagem sagrada do Iroko, a árvore que conecta o céu e a terra e representa o tempo e a ancestralidade, percorremos quatro espaços que revelam diferentes dimensões da nossa memória e do nosso futuro:
Ilê – onde tudo começa
O circuito tem início no chão.
“Ilê”, palavra iorubá para terra, casa e origem, nos lembra que tudo nasce da memória. A intervenção artística neste espaço propõe um reencontro com as raízes da história negra no Brasil — uma história muitas vezes marcada pela dor, mas também pela presença, pela resistência e pela construção coletiva de futuros.
Nesta praça, onde a igreja dos escravizados se erguia, a arte atua como ritual de reconexão. Aqui, escutamos a voz dos que vieram antes e reconhecemos o solo fértil que sustenta nossa caminhada.
Iroko – sabedoria ancestral
Som Bar & Love Ubatuba - Centro, Ubatuba.
No coração do percurso, a exposição “Iroko” homenageia a árvore sagrada que, segundo a cosmologia iorubá, liga o céu à terra e representa o tempo em sua dimensão contínua.
Ela é testemunha silenciosa dos ciclos da vida, guardiã das memórias e portadora da sabedoria acumulada pelas gerações.
Essa etapa do circuito celebra o conhecimento ancestral como guia e força vital, aquilo que resiste, ensina e transforma.








